Em nome da memória e da
história do nosso Menestrel Teotônio Vilela, esta Fundação, a Fundação Teotônio
Vilela, nesta data em que o Brasil celebra 33 anos da conquista, da vitória da
promulgação da Lei da Anistia, no ano de 1979, faz um justo reconhecimento a
três alagoanos que lutaram, se empenharam, dedicaram vida e profissão à causa
da liberdade política em
nosso Brasil; essa mesma causa que fez o nosso Teotônio,
com a sua ira santa,
peregrinar pelo País, abrindo portas de cárceres, enfrentando o arbítrio e o
autoritarismo do poder, liderando exércitos inteiros de brasileiros, numa
guerra de paz, pela paz política da cidadania nacional.

Estamos hoje dando a cada
uma dessas pessoas a Comenda Teotônio Vilela, na certeza de que reconhecendo a
justeza da homenagem, revivemos a imortalidade da história da retomada
democrática do Brasil, onde tantos e grandes alagoanos, como os homenageados de
hoje, ajudaram, contribuíram, escreveram sua participação, de forma incisiva ou
não, no êxito do resgate da identidade de todos os brasileiros. Já dizia o
nosso Menestrel, na época mais dura da tirania da repressão política, que
“lutar pela liberdade já não era rara façanha do civismo pela honra da
nacionalidade, era também e imperiosamente a condição do homem na conquista da
própria identidade”.

E é exatamente por causa dessa façanha, da façanha de mulheres e de
homens como Eduardo Davino e os advogados José Costa e Mércia Albuquerque, que
hoje o povo brasileiro se sente livre na sua manifestação política, na escolha
de suas ideologias, na participação efetiva através do voto, dos sindicatos e
associações organizadas, de entidades e instituições que se fortalecem na
defesa e preservação dos direitos humanos.
Essa
é a finalidade da Comenda Teotônio Vilela, a de resgatarmos a história na
história de pessoas que nos fazem acreditar nos sonhos, na esperança, no
futuro, na cidadania.
Aos
homenageados, as reverências desta fundação à história de cada um de vocês,
sabedores que somos que o estado democrático de direito conquistado em 1979,
com a Anistia, e em 1989, com eleições diretas para a presidência da
República, só foi possível por que vocês, porque muitos de nós, sonhamos,
acreditamos e lutamos por isso.